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Amsterdam

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Primeiro dia em Amsterdã

Amsterdam, Netherlands


Chegamos em Amsterdã pouco antes das 8h da manhã. O sol já tinha nascido, era dia claro, ainda bem! Há um mês ou dois acho que ainda estaria de noite. Ao descermos do ônibus, notamos que caía um pouco de neve. Logo pegamos a minha malinha no bagageiro e entramos na estação de metrô Amstel, que ficava do lado da estação de ônibus. Amstel é o nome do rio que passa por Amsterdã, e é ele que dá nome à cidade. Dam significa "barragem". Amstel + dam = "barragem do Amstel". Daí veio Amsterdam. Dada a hidrografia do país, existem muitas outras cidades na Holanda com o nome alguma-coisa-dam (Rotterdam, por exemplo).

Bem, entramos na estação de metrô e fomos pedir informações. A atendente falava inglês muito bem e nos explicou como fazer para comprar o ticket. Compramos um stripenkaart, literalmente "cartão de faixas", que dá direito a mais ou menos 7 viagens em qualquer meio de transporte público no centro da cidade. Compramos o nosso stripenkaart e fomos em direção à plataforma. Em Amsterdã, assim como em Frankfurt, o transporte público é baseado na confiança: é responsabilidade de cada um ter um ticket válido para aquela viagem, e se alguém for pego numa eventual inspeção viajando de graça, tem de pagar uma multa.

Ao vermos o mapa do metrô tivemos uma grande surpresa: ele é muito simples! O de Londres é bem complexo, com suas 12 linhas e seus 400km de trilhos. Em Amsterdam existem apenas quatro linhas! Dessas, podíamos pegar qualquer uma das três que passavam na Amstelstation para chegarmos ao nosso destino. Pegamos o próximo trem que passou e então descemos em Nieuwmarkt, que era a estação mais próxima do nosso albergue. Nieuwmarkt significa "mercado novo" (parece com new+market). A língua, aliás, não foi um grande problema. Acho que quem sabe inglês e alguma língua latina consegue até decifrar muitas palavras. Sem falar que a maioria das pessoas lá fala inglês.

Ao saírmos da estação, vimos uma cidade bem tranquila (sem trema agora, né?). Tudo muito calmo, passarinhos cantando, pouca gente na rua. E várias bicicletas. Nem sinal de neve mais, mas era um dia bem nublado. Achamos o nosso albergue, fizemos check-in, guardamos as malas, compramos um mapa, e lá fomos nós explorar a cidade. O plano era ir tomar café-da-manhã em um lugar que, segundo nosso guia, tinha panquecas gostosas. Panquecas são tidas como uma especialidade holandesa.

Fomos andando ao longo do Geldersekade, um canal que vai até a estação central (aliás, quase todos eles vão). As ruas tinham tão pouco movimento! Mas, ao final do Geldersekade, vimos uma via mais movimentada, a Prins Hendrikkade. É onde fica a Centraal Station, estação central de trem da cidade. Ela fica num prédio comprido, feito de tijolos avermelhados. Ela foi construída sobre três ilhas artificiais, que por sua vez estão em cima de mais de oito mil "estacas" de madeira fincadas bem fundo no solo argiloso e arenoso da região. A estação foi inaugurada em 1889 e é uma das mais movimentadas do país.

Bem, passamos por ela e seguimos em frente, até o local onde tomaríamos nosso breakfast. Encontramos o local e entramos. Pedimos pães com ovos mexidos, suco de laranja, chocolate quente e, claro, panquecas. As panquecas não eram assim tão gostosas, mas pudemos comprovar outra coisa típica de Amsterdam: havia gente fumando maconha dentro do restaurante! Outro mundo!! Ao saírmos, chovia fino. Fomos andando até a estação central para pegarmos um tour de barco pelos canais da cidade. No caminho vimos vários coffeeshops, que é como são chamados os estabelecimentos onde é permitida a venda de maconha. Muitos deles com nomes sugestivos, fotos de Bob Marley e camisetas com motivos afins pra vender.

Como já havíamos comprado pela internet tickets para um passeio de barco, fomos direto ao escritório da empresa Holland International Rondvaart, apresentamos nosso comprovante de compra e fomos para o pequeno pier aguardar o barco. O tour começou pelo rio IJ (ou Y), que é bem largo e, até o século XIX, era uma baía de água salobra do golfo, antes mar, Zuiderzee. Depois passamos por vários canais e aprendemos um pouco sobre a história da cidade através de uma gravação que explicava o que estávamos vendo. A gravação falava em holandês, inglês, acho que em alemão e numa outra língua que não consegui identificar qual era. Vimos alguns lugares bem bonitos, que só não estavam ainda mais lindos porque o dia estava nublado.

O passeio durou uma hora, então às 11h30 já estávamos pisando em terra firme(?) de novo. Pegamos um bonde e fomos até um local no mapa onde havia uns desenhos de tulipas: o Bloemenmarkt, ou "mercado de flores". Ele é o único mercado de flores flutuante do mundo e existe desde 1862. Vimos muitas, muitas tulipas de várias cores, e muitas outras flores também. Sementes, bulbos, mudas, buquês, vasinhos... vendia-se de tudo. Até sementes de maconha. Pois é, esse é um assunto muito explorado nas regiões turísticas. Acho que tem mesmo muita gente que vai a Amsterdã em busca desse tipo de coisa. Vimos também muitos souvenirs, e devo dizer que eu posso até não conhecer muitos lugares, mas acho difícil ver souvenirs tão lindos quanto os da Holanda! Dá vontade de comprar tudo! Trouxe alguns para presentear os entes queridos, depois vocês verão :)

Depois do Bloemenmarkt fomos andando até um lugar que, segundo nosso guia, vendia boas vlaamse frites, ou "fritas flamengas", servidas com muita maionese. Elas são servidas num cone de papel, e bem quentes! Eu adoro batata, adoro frituras e adoro maionese, então, é claro que adorei. Fomos comendo pela rua, como muitas outras pessoas estavam fazendo. Passamos pela rua "comercial" da cidade, a Kalverstraat, onde há muitas lojas e muita gente. Uma espécie de shopping a céu-aberto. Acabamos saindo na Dam, a praça principal da cidade, onde fica o, ou melhor, um dos palácios reais da Holanda. Não é muito bonito, mas é bem imponente. Essa praça me pareceu um lugar muito sombrio. Acho que a culpa é das construções, em cores escuras, e do céu, que estava nublado.

Continuamos andando, sem rumo mesmo, descobrindo a cidade. Nisso eu vi no nosso mapa um símbolo que parecia com o símbolo usado pelo Guia4Rodas para "local com vista bonita". Várias ruas tinham esse símbolo ao longo delas, então eu quis ir ver que vistas tão bonitas eram essas. Ao chegarmos nas tais ruas, nada de bonito, nada de especial. Fomos andando, andando, até que vimos uma moça de calcinha e sutiã numa vitrine: estávamos no red-light district (ou "distrito da luz vermelha"). Os tais símbolos nas ruas do mapa eram lâmpadas vermelhas! E olhem que ainda era dia.

Como tínhamos comprado pela internet ingressos para a Anne Frank Huis (Casa de Anne Frank) para as 17h30, fomos andando em direção a ela. Lá perto nosso guia indicava uma loja da rede Bagels&Beans, onde decidimos tomar um lanche. O lugar era uma gracinha, com uma iluminação muito agradável e um delicioso cheirinho de pão no forno. Comemos bagels com cream cheese e tomamos suco de maçã. Depois percebi uma coincidência: comemos bagels, um pão judeu, antes de visitar a Casa de Anne Frank.

Bem, fomos então para lá. A visita é algo muito triste, é claro. A gente não sai de lá feliz. Vimos páginas do diário, com a letrinha daquela menina que não sabia o trágico destino que a aguardava, e a milhões de outras pessoas. Vimos o quarto onde ela dormia no esconderijo, depoimentos de pessoas que a conheceram, inclusive do pai dela, Otto Frank, e de Mep Gies, amiga da família que os ajudou durante todo o tempo em que estiveram escondidos ali naquela casa. Os cômodos da casa foram mantidos sem móveis, conforme o desejo de Otto Frank. As escadas da casa, especialmente as que levam ao esconderijo, são muito íngremes, altas, com degraus estreitos. Parece que as casas em Amsterdã são assim.

Ao sairmos da Casa de Anne Frank, fomos para o albergue. Tomamos banho e saímos para jantar. Eu bem que tentei, antes de saírmos de Londres, procurar restaurantes com comida típica holandesa na internet. Mas os poucos que achei não ficavam muito perto do albergue, e a essa hora, depois de uma noite no ônibus e um dia de atividades turísticas, preferimos ficar ali mesmo na região do Nieuwmarkt. Fomos a um restaurante japonês indicado no nosso guia, chamado Eat Mode. Comemos um tipo de yakissoba e o Alexandre tomou uma Heineken (pelo menos uma coisa no jantar foi típica!).

Depois fomos dar uma volta pela cidade, que fica linda à noite. Passamos pelo red-light district, que ficava logo ali. Tudo é tratado com muita naturalidade: as moças de lingerie nas vitrines, sex-shops, casas de "shows eróticos", coffeeshops, gente fumando maconha na rua, famílias com crianças... sim! Famílias com crianças andando por ali, sem problemas. É uma região muito policiada, mas parece que a única coisa que não é permitida na região é tirar fotos. Uma pena, porque por algum motivo que eu ainda não sei qual é, todos os cisnes e patos da cidade vão para os canais do red-light district à noite! Em todos os canais da região é possível ver 30, 40 pontos brancos flutuando: os cisnes. Alguns dormindo, outros tentando, mas eles estão lá!

Apesar da proibição de tirar fotos, conseguimos tirar uma de uns cisnes que estavam num canal que ficava no final do red-light district. Apontamos a câmera pro lado em que não é mais red-light district, mas atrás de nós estavam as tais vitrines! Interessante notar nessa foto, além dos cisnes, é que na parte mostrada só tem calçada de um lado do canal. Acho que isso não é muito comum na cidade, pois só vi nesse lugar.

Logo voltamos para o albergue e fomos dormir, pois estávamos exaustos e queríamos acordar com pique no dia seguinte para passear mais!

permalink written by  isablue on February 19, 2009 from Amsterdam, Netherlands
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